frei Almir R. Guimarães, OFM
Os missionários, os amigos do Esposo, os que foram tocados pela misericórdia do Senhor, são convidados a ir pelo mundo. Através de seu jeito simples e sincero de viver os homens passam a se questionar. Há a pregação pelo testemunho. “Por força deste testemunho sem palavras, os cristãos fazem aflorar no coração daqueles que os vêem viver, perguntas indeclináveis: Por quem é que eles são assim? Por que vivem desta maneira? O que é – ou quem é – que os inspira? Por que é que eles estão conosco?” (Evangelii nuntiandi, n. 21).Os enviados anunciarão a proximidade do reino. Há uma urgência. Não se pode protelar a resposta. O mundo novo, agora, com a presença de Jesus está próximo e mesmo muito próximo. Uma tal proximidade e esse clima de urgência constituem um convite a que as pessoas procurem mudar o seu interior. Que não continuem vivendo seca e mediocremente. Precisarão fazer o êxodo de si mesmas e entregar-se a esse Mestre que enviara os apóstolos. Essa transformação interior recebe o nome de conversão.
Os que de graça recebem, de graça deverão dar. Não se cobra pela evangelização. É gesto gratuito. Que sentido tem receber salário aquele que anima o canto na liturgia? Os que fomos objeto de graça generosa, generosamente damos aos outros o melhor de nós mesmos.
Os operários do Evangelho são pobres. Francisco de Assis, ao ouvir esse evangelho da Missão, ficou encantado. “É isso que eu quero, isso que busco de todo o coração!!” Não levar nem ouro, nem bolsa, nem prata, nem prepotência no trabalho missionário.
Nem duas túnicas, nem reservas... uma aventura gratuita e feita por pobres que sabem ser instrumentos de Alguém que os precede e os acompanha no pastoreio. Nossas paróquias, algumas vezes, podem passar a impressão de serem centrais burocráticas fortemente marcadas pelo caráter administrativo. Os missionários andarilhos se hospedarão na casa de gente digna.
Ao entrarem numa casa dizem mensagem da paz... e, se as pessoas forem dignas, serão cobertas pelo manto da paz. Falem, ensinem preguem. Se por acaso algumas pessoas ou grupos rejeitarem, saiam da cidade. Ninguém é obrigado a seguir a proposta dos apóstolos. Quando forem rejeitados que sacudam a poeira dos pés.Se aqui ou ali pessoas não quiserem ouvir os apelos da vida e da palavra de nossas comunidades haveremos de nos dirigir a outros espaços onde seremos acolhidos e lançaremos a semente em outros terrenos.
Os discípulos de Jesus experimentam a alegria de serem enviados. Não ficam em seu mundo acanhado. Inventam caminhos novos e percorrem estradas inusitadas, sempre na convicção de serem enviados, com a certeza de que o Mestre os precede e os anima.
http://www.reflexoesfranciscanas.com.br/2010/07/como-evangelizar.html
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