domingo, 8 de dezembro de 2013

Imaculada Conceição de Maria

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O dogma da Imaculada Conceição de Maria é um dos dogmas mais queridos ao coração do povo cristão. Os dogmas da Igreja são as verdades que não mudam nunca, que fortalecem a fé que carregamos dentro de nós e que não renunciamos nunca.
A convicção da pureza completa da Mãe de Deus, Maria, ou seja, esse dogma, foi definida em 1854, pelo papa Pio IX, através da bula “Ineffabilis Deus”, mas antes disso a devoção popular à Imaculada Conceição de Maria já era extensa. A festa já existia no Oriente e na Itália meridional, então dominada pelos bizantinos, desde o século VII.
A festa não existia, oficialmente, no calendário da Igreja. Os estudos e discussões teológicas avançaram através dos tempos sem um consenso positivo. Quem resolveu a questão foi um frade franciscano escocês e grande doutor em teologia chamado bem-aventurado João Duns Scoto, que morreu em 1308. Na linha de pensamento de são Francisco de Assis, ele defendeu a Conceição Imaculada de Maria como início do projeto central de Deus: o nascimento do seu Filho feito homem para a redenção da humanidade.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A Coroa de Advento


Desde a sua origem a Coroa de Advento possui um sentido especificamente religioso e cristão: anunciar a chegada do Natal sobretudo às crianças, preparar-se para a celebração do Santo Natal, suscitar a oração em comum, mostrar que Jesus Cristo é a verdadeira luz, o Deus da Vida que nasce para a vida do mundo. O lugar mais natural para o seu uso é família.
Além da coroa como tal com as velas, é uso antigo pendurar uma coroa (guirlanda), neste caso sem velas, na porta da casa. Em geral laços vermelhos substituem as velas indicando os quatro pontos cardeais. Entrou também nas igrejas em formas e lugares diferentes, em geral junto ao ambão. Cada domingo do Advento se acende uma vela. Hoje está presente em escolas, hotéis, casas de comércio, nas ruas e nas praças. Tornou-se mesmo enfeite natalino. Já não se pode pensar em tempo de Advento sem a coroa com suas quatro velas.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Advento, caminhada para o Natal do Senhor

 



Por: Frei Alberto Beckhäuser, OFM
Advento significa vinda, chegada! Advento é tempo de preparação para a vinda do Senhor, bem como a própria vinda na celebração, pela mudança de vida, a prática da justiça e da caridade.
Natal significa nascimento, nascimento de Jesus Cristo. É vinda de Jesus Cristo, vinda celebrada e atualizada na celebração do seu Natal. O nascimento de Jesus Cristo é o centro das festividades do Natal.
As celebrações do ciclo de Natal referem-se à vinda de Deus para morar entre os seres humanos. No centro de tudo está o Menino Deus envolto em faixas, e não o papai Noel com seus presentes nem a Ceia de Natal. Este seria o natal do comércio alimentado pelo consumo.
Natal é a festa da vida que nasce, a festa do maior presente que Deus concedeu à humanidade, seu Filho, Jesus Cristo. Na Vida que nasce a humanidade celebra o dom da vida de todos. A alegria pelo dom da vida se expressa bem através dos presentes e da Ceia de Natal. Contudo, a melhor maneira de celebrar o Natal do Senhor consiste em participar da Ceia do Senhor, a Eucaristia.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

29 Novembro dia de Todos os Santos da Ordem Seráfica.

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Santos canonizados da Primeira Ordem, 110; Santas canonizadas da Segunda Ordem, 9; Santos e Santas canonizados da Terceira Ordem Regular e secular, 53; religiosos da primeira Ordem beatificados, 161; religiosas da Segunda Ordem beatificadas, 34; da Terceira Ordem regular e secular, 95 beatificados. Total de membros das Ordens Franciscanas canonizados e beatificados, no fim do primeiro milênio, 482.
No aniversário da aprovação da regra de São Francisco de Assis pelo papa Honório III (29 de novembro de 12223), A Ordem Franciscana recolhe-se em oração festiva para contemplar a grandiosa árvore de santidade nascida daquele livrinho que Francisco dizia ter recebido do próprio Jesus e constituía a “medula do Evangelho”. Era esse precisamente o projeto de vida e o carisma do Pobrezinho: ser sal da terra e luz do mundo, fazer reviver na Igreja o Evangelho em sua pureza, ou seja, apresentar perante os homens a vida de Cristo em todas as suas dimensões: desde a pobreza ao zelo pela salvação de todos, do anúncio da Boa Nova ao sacrifício da cruz.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

A Liturgia das Horas

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Consagração do tempo

Cristo estabeleceu que "é preciso orar sempre e nunca desistir” (Lc 18,1). Por isso a Igreja, atendendo fielmente a essa exortação, jamais cessa de elevar suas preces, e nos exorta com estas palavras: "Por meio de Jesus, ofereçamos a Deus um perene sacrifício de louvor" (Hb 13,15). Esse preceito se cumpre, não apenas pela celebração da Eucaristia, mas também por outras formas, de modo particular a Liturgia das Horas.

Segundo antiga tradição cristã, ela tem a característica, entre as demais ações litúrgicas, de consagrar todo o curso do dia e da noite.(cf. SC 83-84)

Como a santificação do dia e de toda a atividade humana é finalidade da Liturgia das Horas, o seu curso foi de tal modo reformado que cada Hora voltou tanto quanto possível ao seu verdadeiro momento, levando-se ao mesmo tempo em conta as condições da vida moderna. (SC 88)

Por isso, "tanto para realmente santificar o dia, quanto para recitar com fruto espiritual rezar as mesmas Horas, é bom que na recitação se observe o tempo que mais se aproxime do momento verdadeiro de cada Hora canônica”.(SC 94)

terça-feira, 29 de outubro de 2013

UMA CRÔNICA FRANCISCANA: AH! FRANCISCO DE ASSIS, COMO TENHO SAUDADE DE TI...

 

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Frei Fernando Maria,OFMConv

Ah! Francisco de Assis, como tenho saudade de ti. Sem teorias, te servias dos Evangelhos e das Sagradas Escrituras como Palavras de Deus a serem obedecidas e praticadas fielmente, com todas as virtudes do Espírito Santo presentes em nossa vida desde que fomos batizados. Quanta singeleza em teus ensinamentos e exemplos a serem seguidos:

        “A Regra e a vida dos frades menores é esta: observar o santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, vivendo em obediência, sem propriedade e em castidade”. (RB).

        “E abstenham-se os irmãos e seus ministros de se incomodar com as suas coisas temporais, para que eles, como o Senhor lhes inspirar, disponham delas com liberdade”. (RB).

        “Os irmãos, aos quais o Senhor deu a graça de trabalhar, trabalhem com fidelidade de maneira que afugentem o ócio, inimigo da alma, e não percam o espírito de oração e piedade, ao qual devem servir todas as coisas temporais”. (RB).

        “Os irmãos não tenham propriedade sobre coisa alguma, nem sobre casa, nem lugar, nem outra coisa qualquer; mas, como peregrinos e viandantes (cf. lPd 2,11) que neste mundo servem ao Senhor em pobreza e humildade, peçam esmolas com confiança; disso não se devem envergonhar, porque o Senhor se fez pobre por nós, neste mundo (cf. 2Cor 8,9)”. (RB).

terça-feira, 22 de outubro de 2013

22 de Outubro - Beato Contardo Ferrini

 

 

Alguém, que passeava pelas ruas de Pavia avistou aquele homem de vastas sobrancelhas, barbudo e de sobrecasaca, e indagou a seu acompanhante: "O que há de especial nesse homem?" E o outro respondeu: "Ele é um santo!"
Nada, em seu natural, o distinguia das demais criaturas, porem seu trabalho profissional (o conhecimento) estava ligado indissoluvelmente ao seu ideal (a fé)

 

Nasceu CONTARDO FERRINI em Milão, no norte da Itália, a 4 de abril de 1859. Tendo entrado na Ordem Franciscana Secular ainda adolescente, conseguiu aliar à ciência humana a sabedoria dos santos. Educado numa família profundamente cristã, passou sua mocidade entre a escola, família e Igreja. Quis aprender tudo muito bem e pretendeu percorrer as fontes do conhecimento. Desse desejo decorre o seu aprendizado de inúmeros idiomas, dos quais se destacam aqueles que impulsionariam os seus estudos de Direito: o latim, o grego, o alemão. Conhecia também o espanhol, o francês e o inglês. Para a busca das fontes da verdade religiosa, consubstanciadas na Bíblia, aprendeu o hebraico, o siriaco e tinha algumas noções de copto e de sânscrito. Seu pai, um professor e engenheiro com boa formação já lhe explicara que ninguém deve confiar nas informações de segunda mão, ainda quando parta de pessoas eruditas, resumindo aquela lição que não custa termos sempre presente: vá direto às fontes da verdade.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

15/10 - Santa Teresa de Ávila

Santa Teresa de Jesus é uma verdadeira mestra de vida cristã para os fiéis de todos
os  tempos. Ela nos ensina a ser incansáveis testemunhas de Deus, da sua presença
e da sua ação.

(Bento XVI)

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Tudo que se tem a dizer sobre Teresa Sanchez Cepeda D'Ávila y Ahumada é extraordinário. Ela viveu e ensinou a oração pessoal como sendo a busca de uma intimidade maior com Deus. Escreveu como um poeta, cantando as glórias do Senhor do Céu e da Terra, depois de ter convivido misticamente com Ele. Reformou e aperfeiçoou o estilo de vida religiosa. Foi doutora em matéria de religião e de religiosidade.

Ultrapassando os limites de si mesma, ela foi mais além: foi Santa. E uma grande Santa. Por isso mesmo é que ela é chamada de Teresa, a Grande.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

04 de Outubro Dia de São Francisco de Assis



No céu Francisco fulgura, cheio de graça e de luz, trazendo em seu corpo as chagas, sinais de Cristo e da Cruz.
Seguindo o Cristo na terra, pobre de Cristo se faz, na cruz com Cristo pregado, torna-se arauto da paz.
Pelo martírio ansiando, tomou a cruz do Senhor: do que beijou no leproso contempla agora o esplendor.
Despindo as vestes na praça, seu pai na terra esqueceu, reza melhor o Pai- nosso, junta tesouros no céu.
Tendo de Cristo a pureza, mais do que o sol reluzia, e, como o sol à irmã lua, Clara em seu rastro atraía.
Ao Pai e ao Espírito glória e ao que nasceu em Belém. Deus trino a todos conceda os dons da cruz: Paz e Bem.

Fonte: Liturgia das Horas/ Laudes

sábado, 21 de setembro de 2013

NUMA ALMA FRANCISCANA, A PRIMAVERA NÃO PODE PASSAR DESPERCEBIDA

 

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Por Frei Vitório Mazzuco Fº

Dizem as Fontes a respeito de São Francisco de Assis: “Que alegria ele sentia diante das flores, vendo sua beleza e sentindo seu  perfume! Passava imediatamente a pensar na beleza daquela flor que brotou da raiz de Jessé no tempo esplendoroso da primavera e com seu perfume ressuscitou milhares de mortos. Quando encontrava muitas flores juntas, pregava para elas e as convidava a louvar o Senhor como se fossem racionais. Da mesma maneira,  convidava com muita simplicidade os trigais e as vinhas, as pedras, os bosques e tudo que há de bonito nos campos, as nascentes e tudo o que há de verde nos jardins, a terra e o fogo, o ar e o vento, para que tivessem muito amor e fossem generosamente prestativos. Afinal, chamava todas as criaturas de irmãs, e de uma maneira especial, por ninguém  experimentada, descobria os segredos do coração das criaturas porque na verdade parecia já estar gozando a liberdade gloriosa dos filhos de Deus” (1 Cel 29, 80.81).

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Os estigmas de Francisco de Assis e o segredo da suprema felicidade

Por Dom Laurence Freeman, OSB*

Celebra-se hoje a festa do inaudito prodígio e dom concedido por Deus a São Francisco no Monte Alverne. Os Estigmas são o selo divino àquele empenho de imitação de Cristo que ele buscava com todas suas forças desde o dia de sua conversão. Deus o apresenta ao mundo como exemplo de vida cristã, como convite a seguir o Evangelho. Francisco tinha Cristo no coração, nos membros e nos lábios, e Cristo o imprimiu o último selo também em seus membros.

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Era madrugada do dia 14 de setembro de 1224, festa da Exaltação da Cruz. Naquela noite, seu fiel amigo e companheiro, Frei Leão, desobedeceu às instruções de Francisco e penetrou na solidão de sua reclusão para ver como ele estava. À luz do luar, Frei Leão viu Francisco de joelhos em oração, repetindo com todo o fervor as perguntas que se encontram no centro de toda oração cristã: “Quem és tu, meu doce Deus… Quem sou eu, teu servo inútil?” “E somente estas palavras repetiu e nada mais disse” – conta-nos São Boaventura, seu biógrafo. Frei Leão viu o fogo que descia sobre a cabeça de Francisco, envolvendo-o por muito tempo.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

16 de setembro–Aniversário da Fraternidade


87 Anos!
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 87 anos de alegrias, de tristezas, de lutas, mas principalmente de muitas bênçãos.
Isso mesmo, somos uma fraternidade principalmente abençoada!
Abençoada por nosso Deus que nos ama e nos protege, e que vem cuidando  de nós por todos esses anos.
Houve o tempo que não tínhamos nem onde nos reunirmos, mas a perseverança de nossos irmãos nos trouxe até aqui.
PARABÉNS FRATERNIDADES SÃO FRANCISCO DE ASSIS.
Que Deus continue nos abençoando.
Que São Francisco e Santa Clara continue intercedendo por nós.
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terça-feira, 10 de setembro de 2013

No tempo que passa, abandonamos-nos à Palavra


Frei Almir Ribeiro Guimarães


Felizes os que escutam a Palavra de Deus e a põem em prática  (Lc 11, 28).

O simples e idiota Francisco, como ele próprio costumava se apresentar (cf. Ord  39), sem maior instrução, isto é, sem uma formação própria do clérigo ou do letrado de então, tinha tal conhecimento da Palavra  que “penetrava nas realidades  escondidas dos mistérios e o que era inacessível  à ciência dos mestres, abria-se seu afeto cheio de amor” (2Cel 102). Sem ser mestre na arte de falar, ele resolvia  questões difíceis e, como Jó (cf. Jó 28,11), iluminava os pontos obscuros, chegando revelar aquilo que o texto escriturístico escondia aos estudiosos  (José Rodriguez Carballo, OFM, Guiados pela  Palavra, mendicantes de sentido, n. 15).
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1. Em muitos momentos andamos preocupados com nossa caminhada de cristãos ou de religiosos. Temos receio de marcar passo. Não queremos nos deixar anestesiar pela rotina. Desejamos progredir na intimidade do Senhor e num amor de verdade pelos outros. Georges Bernanos, escritor francês, escreve: “A maioria dentre nós engaja na vida apenas uma pequena parte, ridiculamente pequena de sua existência. As pessoas vivem na superfície de si mesmas. O solo humano é tão rico que alguns se dão por satisfeitos com essa mínima parte. O santo não vive do lucro sobre o lucro,  mas engaja toda a sua vida”.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

“O lado divino do Senhor”


Frei Almir Ribeiro Guimarães

Sobre esta árvore o Senhor, como um valente guerreiro, ferido diante combate em suas mãos, nos pés e em seu lado divino, curou as chagas de nossos pecados, isto é, curou a nossa natureza ferida pela serpente venenosa (Teodoro Estudita, Liturgia das Horas  II, p. 610)
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1. O valente guerreiro caminhou a passos decididos rumo a Jerusalém onde haveriam de se dar os acontecimentos últimos de sua trajetória. Abandonado por todos, aparentemente até mesmo pelo próprio Pai,  Jesus experimenta o frio da solidão.  Houve feridas em seu interior:  a incompreensão dos religiosos de seu povo, a indiferença de tantos, a negação dos próximos mais próximos. Houve a cruz e as feridas de seus membros:  mãos, pés e a ferida do seu lado divino. Os místicos sempre ficaram fascinados com essa ferida do lado divino.

domingo, 25 de agosto de 2013

São Luís IX, Rei da França, patrono da OFS

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  São Luís nasceu no castelo de Poissy, a 30 quilómetros de Paris, a 25 de Abril de 1214 ou 1215, dia de procissões solenes do dia de São Marcos. A sua infância terá sido influenciada pela figura do seu pai que, unindo o zelo pela religião à bravura marcial que lhe valeu o cognome de o Leão, subjugou os cátaros do sul da França.
Particularmente zelosos da sua educação, os pais de Luís IX deram-lhe bons preceptores: Mateus II de Montmorency, Guilherme des Barres, conde de Rochefort, e Clemente de Metz, marechal da França, inspiraram-lhe os sentimentos de um rei cristianíssimo e filho da Igreja.
Com a morte do seu pai em 8 de Novembro de 1226, Luís IX subiu ao trono aos 12 anos de idade. Foi sagrado na catedral de Reims por Jacques de Bazoches, bispo de Soissons, em 30 de Novembro do mesmo ano.
Por testamento de Luís VIII, a mãe do jovem monarca assumiu a regência de França com o título de «baillistre», guardião da tutela do rei. De personalidade forte, Branca de Castela encarnava a glória de ser filha, sobrinha, esposa, irmã e tia de reis.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

“A OFS e os desafios para o mundo de hoje”,


 Frei Almir Ribeiro Guimarães

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O novo Pedro quer restaurar a Igreja com Francisco
Uma vez escolhido para ser o sucessor de Pedro, o Cardeal argentino Bergoglio resolveu que iria se chamar Papa Francisco. De alguma forma, desde o primeiro  instante de seu ministério como Bispo de Roma e Pastor da Igreja  Universal, vinculou-se a Francisco de Assis e toda a mística  que cerca o  Poverello: singeleza, fraternidade, amor íntimo por Cristo, respeito pelo criado, despojamento, alegria profunda.  A  Ordem  Franciscana Secular haverá de restaurar a Igreja com o espírito e o “jeito” de Francisco, seguindo o desejo do novo Papa. Gostaríamos de enfrentar os desafios pastorais do mundo  a partir do Evangelho que incendiou o coração de Francisco de  Assis.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Denize Marum é reeleita Ministra no Capítulo Regional

 

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Como era de se esperar, a Ministra Regional da Ordem Franciscana Secular, Região Sudeste III, Denize Aparecida Marum Gusmão, foi reeleita no Capítulo Regional Eletivo, neste sábado(17/8), no Centro Pastoral Santa Fé, em Perus, na Grande São Paulo.

Para vice-ministro foi eleito Antônio Carlos Alves e como coordenador da Formação César Galvão. Como primeira secretária foi eleita Edite Costa Beber; e segunda secretária, Rita de Cássia Plotegher. Os tesoureiros são Mario Zancheta Sobrinho (primeiro) e Reolando Silveira Filho (segundo). Por Distrito, foram eleitos os seguintes conselheiros: 1º. Distrito: Ana Maria Rodrigues, Nercy Lima Correia e José Edson S. Diniz; 2º. Distrito: Jalile Yared de Barros Sene e Terezinha Antunes C. Simão; 3º. Distrito: Angelina L. Costa e Deivid Alex gomes; 4º. Distrito: Hermínia Elpírio C. Santucci e Eduardo Aparecido Martins de Melo; 5º. Distrito: Lauro Antonio Baruqui Pirolla e Domingos Sávio Plotegher; 6º. Distrito: Ana Angélica Lopes Pereira; 7º. Distrito: Samara Fernandes Carpena; e 8º. Distrito: Elton Michetti e Maria das Graças Silva e Souza. Conselho Fiscal : Aldevir Francisco Brunini, Aluisio Victal e Creusa Maria da Silva; Suplentes: Samuel da Collina Jr: Ricardo Campane e Leonilda V. Martinez.

A coordenação do Capítulo esteve a cargo de Maria Bernadette Amaral Mesquita.

Veja Mais:

http://www.franciscanos.org.br/?p=44076

acessado em 20/08/2013

terça-feira, 16 de julho de 2013

A Eucaristia: uma perspectiva franciscana

            No centro da fé cristã da Igreja está o Mistério Eucarístico (cf. PO, n.º 6). Presença real do Verbo Encarnado (cf Jo 1, 1-5). Sua fonte e ápice (cf. SC n.11). Seu tesouro espiritual (cf. PO n. 5), sinal da presença de Deus no mundo (cf. AG n. 15), unidade da Igreja (cf. UR n. 2). Centro e cume de toda a vida da comunidade cristã (cf. CD n. 30). É nossa antecipação à  vida eterna, quando Deus será tudo em todos (cf. 1Cor 15,28). Temos esta certeza porque o cristianismo vive da fé de que Jesus Cristo permanece para sempre junto de quem o segue: “ eis que estou convosco todos os dias, até o fim  do mundo” (cf. Mt 28, 19). Mas, não se trata de uma presença física, mas de uma presença que só podemos sentir e verificar com os sentidos da fé, do coração, da experiência e do encontro com Ele. Deus se faz presente no meio de nós através de diversos modos e momentos: quando estamos em comunhão com toda a Igreja, quando somos obedientes aos mandamentos de Deus e da Igreja, quando nos reunimos para a oração, para a vida de comunhão fraterna, para a correção fraterna, para a partilha das alegrias e sofrimentos. Porém, a mais real das presenças de Jesus Cristo em nosso meio é aquela da Eucaristia, onde Ele quis dar-se e entregar-se na forma de sacramento (cf. Texto-base: 15 CEN, 3). Portando, o mistério da presença de Deus nos acompanha ao longo de nossa existência como povo de Deus (cf. LG n. 9). Foi assim desde o início (cf. LG n. 2) e continuará por todos os séculos, porque o Filho de Deus se fez presente e nunca nos deixará até o momento da consumação na glória celeste (cf. LG n.48). Agraciados pela sua presença, somos convidados todos os dias a contemplar o verdadeiro Amor: Cristo Eucarístico. Esta presença nos enriquece e fortalece. Saborear sua presença é ter total confiança, pois nossa confiança é sempre contemplar o “Mistério no mistério” (cf. NMI, 25). Contemplamos o Tudo de todos, o Ser de todos, a Perfeição de todos. É a contemplação do sacrifício da Cruz que nos trouxe a nova vida pela morte e ressurreição do Senhor (cf. SC n. 47).

segunda-feira, 15 de julho de 2013

15 de Julho - São Boaventura de Bagnoreggio

Por: Papa Bento XVI* (Audiência Geral de 03/03/2010)

Hoje gostaria de falar de São Boaventura de Bagnoregio. Confesso-vos que, ao propor-vos este argumento, sinto uma certa saudade, porque volto a pensar nas pesquisas que, como jovem estudioso, fiz precisamente sobre este autor, que me é particularmente caro. O seu conhecimento influiu em grande medida na minha formação. Com muita alegria, há alguns meses, fui em peregrinação à sua terra natal, Bagnoregio, uma pequena cidade italiana no Lácio, que conserva com veneração a sua memória.

Tendo nascido provavelmente em 1217 e falecido em 1274, ele viveu no século XIII, uma época em que a fé cristã, radicada profundamente na cultura e na sociedade da Europa, inspirou obras imperecíveis no campo da literatura, das artes visuais, da filosofia e da teologia. Entre as grandes figuras cristãs que contribuíram para a composição desta harmonia entre fé e cultura sobressai precisamente Boaventura, homem de ação e de contemplação, de profunda piedade e de prudência no governo.

domingo, 7 de julho de 2013

Francisco de Assis e o apelo evangélico

1. Lá vai ele, esse Francesco da cidade de Assis. O coração dava muitas voltas dentro de seu peito. Não era mais o filho de Pietro Bernardone e de Dona Joana.  Era e não era. Estava mudado e transformado. Melhor dizendo: estava se transformando. A borboleta ainda não tinha saído completamente do casulo. As pessoas se davam conta do processo de mudança. Francisco, fazendo sua caminhada… viajou até os cantos mais recônditos de seu interior, deu hospitalidade ao Espírito. Ficou meio pensativo… beijou um leproso… se vestiu de trapos para sentir na carne a dureza da pobreza e de ser um pedinte de esmolas. Homens bons e retos de Assis vinham ter com ele querendo viver sua vida… mas ele se sentia meio perdido. Na verdade o que Deus estava querendo dele?

terça-feira, 2 de julho de 2013

Carisma missionário

 

Francescocoa‘Se, pois, houver irmãos que quiserem ir para entre os sarracenos e outros infiéis, que vão com a licença de seu ministro e servo… E os irmãos que partirem poderão proceder de duas maneiras espiritualmente com os infiéis: O primeiro modo consiste em se absterem de rixas e disputas, submetendo-se “a todos os homens por causa do Senhor” e confessando serem cristãos. O outro modo é anunciarem a palavra de Deus quando o julgarem agradável ao Senhor’
(Regra Não Bulada 16,3 e 6-8).

São Francisco aspirou ser missionário. Santo Antônio fez-se franciscano a partir do testemunho e do martírio de alguns frades que tinham sido enviados em missão… Portanto, a missão é uma característica fundamental do carisma franciscano.

São Francisco mesmo é quem ensina como os seus irmãos devem ser missionários (veja texto acima).
Seguindo o Cristo, que colocou sua morada no mundo, os franciscanos são chamados a viver seu carisma entre todos os homens e estarem atentos aos sinais dos tempos como instrumentos de Justiça e Paz. (RFF, 32).

Fiéis à própria vocação, os franciscanos encarnam-se em situações concretas do povo com quem vivem, descobrem nele os diversos rostos de Cristo e nele encontram a forma adequada de vida. (RFF, 33).

A família franciscana é em si missionária.

domingo, 2 de junho de 2013

Junho: Mês do Sagrado Coração de Jesus

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A devoção ao Sagrado Coração de Jesus foi sempre muito especial aos franciscanos, a exemplo de São Francisco de Assis, inflamado de seráfico amor por Jesus. Seu coração ardia de amor pelo coração do Mártir Crucificado.

Escreveram e falaram do Coração de Jesus: São Boaventura, Santo Antônio de Pádua, São Bernardino de Sena e muitos outros santos franciscanos.

A festa do Sagrado Coração de Jesus é complemento da do Corpo e Sangue de Cristo, reunindo todos os mistérios de Jesus em um só, que materialmente é o coração de carne de Jesus, espiritualmente quer expressar os infinitos tesouros do amor.

domingo, 28 de abril de 2013

28 de Abril- Dia do Beato Luquésio- Primeiro Franciscano Secular.

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O ideal de pobreza de São Francisco de Assis começou a atrair muitas pessoas nos arredores de Assis. O povo contagiado tratava de desfazer-se de tudo e seguir o santo para com ele fazer penitência, porém São Francisco não consentiu. Logo, pediram-lhe que ao menos lhe indicassem alguma forma de vida, em que de um modo mais perfeito servissem a Deus. Então o Santo, prometeu-lhes no mesmo dia em que pregou aos pássaros dar-lhes uma forma de vida em que todos podiam observar, sem deixar família, nem abandonar suas casas.

Em 1216 Francisco cumpre o prometido entrega o hábito da Penitência aos dois primeiros irmãos da Terceira Ordem Franciscana e são eles o casal Luquésio e Buonadona (também conhecidos no Brasil por Lucio e Bona), poderíamos dizer que Francisco insere, com a fundação da Ordem Terceira, os leigos seculares no âmbito da Igreja, assumindo seu papel como leigos comprometidos numa realidade eclesial que até então era mais voltada para o clero, uma visão que é vista de forma mais ampla e divulgada pela igreja após o Concílio Vaticano II.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Ternura do Poverello pelo Coração do Senhor.

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Francisco de Assis e sua paixão pelo Cristo Jesus

Por Frei Almir Ribeiro Guimarães

1. Aprendemos, ao longo de nossa vida, a nos colocar reverentes diante do Cristo Jesus, sol, caminho, verdade, vida, pão de nossas vidas. Temos plena convicção de que Jesus, o Filho de Deus feito homem na carne de Maria, hoje vive entre nós na qualidade de Ressuscitado. Cada vez que pensamos em Jesus, recordamo-nos de seu amor que foi até o fim, até o esvaziamento de tudo que nele existia pela fresta do coração, pela cavidade de seu peito aberto. Francisco de Assis demonstrou um imenso amor pelo Cristo que ama até o fim.

terça-feira, 16 de abril de 2013

16 de Abril: Aniversário de fundação da Ordem Franciscana

 

São Francisco de Assis, o cantor das criaturas, santo do Amor e da Fraternidade, renovador da sociedade no espírito do Evangelho, estigmatizado por Cristo após a sua conversão acolheu os discípulos que queriam ficar sob sua direção. Primeiro, foram doze, depois aumentaram cada vez mais. “A Ordem dos Frades Menores” brotou da mente e do coração de Francisco, que já era todo de Deus e das almas, em Rivotorto, na Porciúncula. Obteve de Inocêncio III a aprovação da Ordem no dia 16 de abril de 1209 verbalmente e, por escrito, de Honório III em 29 de novembro de 1223, com a Bula "Solet annuere". A seus seguidores, o Pobrezinho os entregou seu amor à pobreza, sua mensagem de paz e bem e o código do Evangelho como norma de vida.

Os filhos de São Francisco estão espalhados por todo o mundo e desenvolvem atividades pastorais, missionárias, científicas, educacionais, sociais, de beneficência. Eles são o mais forte movimento no serviço da Igreja. Franciscanos chamam todos os que pertencem às três ordens introduzidas por San Francisco.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Papa Francisco

 

Papa Francisco

Roma, 13 de março de 2013
Aos estimados Bispos Auxiliares,
Ao clero e aos religiosos/as
E a todos os leigos/as da Arquidiocese de São Paulo

Nossa Igreja vive momentos de intensa alegria! No segundo dia do Conclave, foi eleito o novo Papa. Francisco é o seu nome, em memória de São Francisco de Assis. Até agora, ele era o arcebispo de Buenos Aires, na Argentina. Daqui por diante, será o Bispo de Roma e Sumo Pontífice de toda a Igreja Católica. É o primeiro Papa não europeu, um Papa latino-americano, e também o primeiro Papa jesuíta. Tem grande coração de pastor e a escolha de seu nome – Francisco – é muito indicativa: escolha de Deus acima de tudo, simplicidade, fraternidade, amor aos pequenos e pobres, bondade, missionariedade...
Alegremo-nos todos! Agradeçamos a Deus pelo novo Pastor universal da Igreja! No Ano da Fé, Deus está nos dando muitos sinais de esperança e chamados para a renovação da nossa fé.
Que o Espírito Santo inspire sempre as decisões do novo Papa, fortaleça-o no governo da Igreja, como Pastor universal do rebanho do Supremo Pastor. Que nos confirme na fé dos apóstolos e dos santos, como Santo Inácio de Loyola e São Francisco de Assis. Nossa Igreja é bonita pelo que tem de divino. Deixemo-nos santificar pelo Santo que nela habita e a conduz.
Convido todos a acompanharem com sua intensa oração, desde agora, o Papa Francisco. A Missa de inauguração de seu Pontificado será celebrada no dia 19 de março, outro momento significativo: São José é Patrono universal da Igreja. Que ele interceda pelo Papa Francisco e por toda a “família de Jesus” – a Igreja e a humanidade inteira.
Deus abençoe e guarde a todos com sua paz e alegria. Até breve em São Paulo!

Dom Odilio

Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer
Arcebispo Metropolitano de São Paulo

 

FONTE: Facebook

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O fascínio de São Francisco de Assis

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São Francisco de Assis, uma alternativa humanística e cristã

Por Leonardo Boff

O contato com Francisco produz uma crise muito profunda e salutar. Sua figura envolve os leitores dentro de um círculo luminoso no qual descobrimos nossa mediocridade e lentidão face aos apelos que vêm da verdade mais profunda do coração e do evangelho. Ele conduziu sua vida sempre a partir da utopia e a manteve viva como uma brasa contra todas as cinzas do dia-a-dia e a razoabilidade da história. Incorporou o arquétipo da integração dos elos mais distantes, historizou o mito da reconciliação do céu e da terra, dos abismos e das montanhas. Daí o fascínio que se irradia dele e a catársis humana e religiosa que ele opera.

Diante de Francisco descobrimo-nos imperfeitos e velhos. Ele aparece como o novo e o futuro por todos buscado, embora tenha vivido há 800 anos. Mas este sentimento é sem amargura, pois sua mensagem encerra tanta doçura que o medíocre se sente convidado a ser bom, o bom a ser perfeito e o perfeito a ser santo. Ninguém fica imune à sua convocação vigorosa e ao mesmo tempo terna.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Entenda o significado da oração do Pai-Nosso

Há algum tempo, o Arcebispo Primaz do México, Cardeal Norberto Rivera Carreira, fez um estudo aprofundado sobre a oração do Pai-Nosso e a importância de refletirmos sobre cada trecho. Ele destaca que "a confiança singela e fiel, e a segurança humilde e alegre, são as disposições próprias de quem reza o Pai-Nosso".
Confira abaixo um resumo deste estudo e compreenda a real importância dessa oração:

"Pai Nosso"
Contém a imagem do Pai que tanto amou o mundo e deu a este o Seu único Filho. E quando da invocação de Pai, acrescentamos "nosso", porque estamos saindo de nosso individualismo e reconhecendo em todo homem a mesma dignidade de que nos glorificamos, de sermos filhos de Deus.
"Que estais no céu"
Evoca a morada do nosso Pai, o céu, a nossa pátria, nosso destino, porque o Filho desceu do céu para nos fazer subir com Ele por meio de Sua cruz e Sua ressurreição.

"Santificado seja o Vosso nome"
Pedimos a Deus que Sua santidade se manifeste nos homens, que vença o pecado do mundo, que Sua luz dissipe as trevas do mal e Seu esplendor apareça com maior claridade para que todos os homens O reconheçam.
"Venha a nós o Vosso Reino"
Recordamos que o Reino de Deus é justiça, paz e gozo no Espírito Santo, que os cristãos estão comprometidos a trabalhar intensamente para que os valores do Reino do Senhor sejam vividos no mundo.
"Seja feita a Vossa vontade assim na terra como no céu"
Nós somos radicalmente impotentes para cumprir a vontade do Pai, por isso devemos pedir a Ele que una nossa vontade à de Seu Filho para que possamos cumprir Seus intuitos. Unidos a Jesus e com o poder de Seu Espírito, poderemos fazer a vontade do Pai.
"O pão nosso de cada dia nos dai hoje"
Chama os cristãos a assumir uma responsabilidade efetiva para com seus irmãos, principalmente diante das dificuldades sociais e materiais que abalam a sociedade.
"Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido"
O cristão deve recordar que a misericórdia não pode penetrar em nosso coração até que tenhamos perdoado os que nos ofenderam. E negar o perdão aos irmãos é fechar o coração, mantendo-o duro e impermeável ao amor misericordioso do Pai.
"Não nos deixeis cair em tentação"
Dá-nos a certeza de que a vitória sobre a tentação só é possível mediante a oração.
"Mas livrai-nos do mal"
Remete a uma pessoa: "Satanás, o maligno, o anjo que se opõe a Deus", por quem o pecado e a morte entraram no mundo. O Senhor nos garantiu que só poderemos assegurar a vitória sobre o mal se nos unirmos em Jesus Cristo, porque Ele venceu definitivamente o inimigo com Sua morte e ressurreição.

 

Fonte: Canção Nova

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

QUARESMA – TEMPO DE CONVERSÃO

convertei-vos

Denize Aparecida Marum Gusmão
“Irmãos e irmãs, vamos começar de novo”. Sem dúvida, com mais intensidade, neste Ano da Fé, escutando o apelo do papa Bento XVI em sua mensagem para a quaresma, pedindo aos católicos que não separem Fé e Caridade: “Não devemos separá-las, ou inclusive opô-las, fé e caridade. Estas duas virtudes teologais estão intimamente unidas. É equivocado ver nelas um contraste ou uma 'dialética”.
Aproximamos de um tempo privilegiado no calendário litúrgico da Igreja: o Tempo Quaresmal.
A quaresma é a porta de entrada do tempo pascal. É uma preparação, um convite à participação na morte com Cristo, para poder participar da ressurreição. Na quaresma, enfatiza-se a conversão: “Convertei-vos, porque o reino de Deus está próximo”.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

O que é espiritualidade franciscana?

JCC

A espiritualidade cristã constitui o horizonte mais amplo em que se emoldura a espiritualidade franciscana. Pode-se dizer que espiritualidade franciscana é uma maneira original de viver a espiritualidade cristã, um modo específico de pensar, de viver e de colocar em prática o Evangelho de Jesus Cristo. Uma forma de situar-se no mundo, diante de Deus e dos homens, uma forma de relacionar-se com toda a realidade: pessoas, coisas, Deus.
Quando se fala de espiritualidade franciscana, está-se falando da espiritualidade de um grupo que busca partilhar, entre si e com a sociedade em que vive, o seu modo de viver que teve seu início com Francisco de Assis. É praticamente impossível compreender a espiritualidade franciscana, se não soubermos pelo menos um pouco sobre Francisco de Assis. Isso porque ele encarnou tão profundamente a espiritualidade do Evangelho em sua existência que se torna impossível falar da espiritualidade franciscana sem falar da existência de Francisco. Espiritualidade e existência identificam-se em Francisco.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Os valores da Espiritualidade Franciscana

Frei Regis Daher
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Da vida e do modo de ser de São Francisco nasceu uma inspiração de vida, um caminho. A espiritualidade franciscana é fundamentalmente seguimento do Cristo pobre, humilde e crucificado. E o seguimento torna-se um encantamento, que por sua vez leva à configuração com o Cristo.

Algumas características desta espiritualidade:

1. Espiritualidade evangélica
'A vida e a regra' franciscana é o próprio evangelho; vida de conversão para o evangelho.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Mensagem de Bento XVI para o dia Mundial da Paz – 2013

BEM-AVENTURADOS OS CONSTRUTORES DA PAZ

Bento

1. Cada ano novo traz consigo a expectativa de um mundo melhor. Nesta perspectiva, peço a Deus, Pai da humanidade, que nos conceda a concórdia e a paz a fim de que possam tornar-se realidade, para todos, as aspirações duma vida feliz e próspera.

À distância de 50 anos do início do Concílio Vaticano II, que permitiu dar mais força à missão da Igreja no mundo, anima constatar como os cristãos, Povo de Deus em comunhão com Ele e caminhando entre os homens, se comprometem na história compartilhando alegrias e esperanças, tristezas e angústias, [1] anunciando a salvação de Cristo e promovendo a paz para todos.

Na realidade o nosso tempo, caracterizado pela globalização, com seus aspectos positivos e negativos, e também por sangrentos conflitos ainda em curso e por ameaças de guerra, requer um renovado e concorde empenho na busca do bem comum, do desenvolvimento de todo o homem e do homem todo.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Humanismo Franciscano e Ecologia

Frei Miguel Negreiros

É evidente que não vou tratar aqui do HUMANISMO como doutrina dos humanistas do Renascimento, nem vou tratar da Ecologia como tratado do meio ambiente. Aqui entende-se por Humanismo Franciscano a visão do homem e da mulher inspirados em S. Francisco e em Sta. Clara. Entende-se por Ecologia a visão e as atitudes dos franciscanos no relacionamento com a Irmã Mãe Natureza. Segundo José António Merino (José António Merino, Vision Franciscana de la Vida Quotidiana, Ediciones Paulinas, Madrid - 1986), em quem me inspirei para preparar esta conferência, poderemos sintetizar em 7 pontos a maneira como o homem, ao longo da história, se relaciona com o mundo: PÂNICO. ASSOMBRO. RESPEITO. RACIONALIZAÇÃO. DESENCANTO. EXPLORAÇÃO e finalmente REDESCOBERTA de que o mundo é a nossa CASA.