quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A toda Bela Maria!

Por Frei Almir R. Guimarães, OFM

Esta comemoração de Nossa Senhora deseja ressaltar a doação que a Virgem Maria faz de si mesma desde o começo de sua trajetória.

Maria… Mãe do Senhor e nossa mãe! Não nos cansamos de entregar nossa vida a esta que é hoje a Senhora da Glória.

Deus belo e grande não podia guardar para si a fogueira de amor que é sua essência. O amor tende e busca a se difundir. Desde toda a eternidade o Senhor quis comungar a plenitude de sua vida com os homens e mulheres que saiam de suas mãos criadoras. Quis desde toda a eternidade que seu Verbo se fizesse carne, braços, pernas, rosto, coração. Num dado momento, na plenitude dos tempos, ele haveria de assumir a condição humana para estabelecer uma comunhão esplendorosa do Deus belo com os homens e mulheres que saíram de suas mãos. Viria ele como o primeiro de todos, como a plenitude da criação e, ao mesmo tempo, como redentor do pecado dos homens.

sábado, 17 de novembro de 2012

Santa Isabel da Hungria, a princesa entre os pobres

Comemoramos hoje a festa de Santa Isabel da Hungria, padroeira dos irmãos e das irmãs da Ordem Franciscana  Secular.  A ela, o Papa Bento XVI consagrou uma de suas catequeses semanais. Do texto do Papa extraímos algumas informações e transcrevemos uma  e outra de suas reflexões.

Isabel constituiu-se numa figura da Idade Média que sempre suscitou muito interesse, conhecida como Isabel da Hungria, mas também Isabel da Turíngia. Nasceu em 1207 na  Hungria. Seu pai era André II, rico e poderoso rei da Hungria. Para reforçar os laços familiares, o soberano havia se casado com uma condessa alemã Gertrudes de Andechs-Merania, irmã de Santa Edwiges, que era esposa do duque da Silésia. Estamos no ambiente dos nobres e dos grandes da terra, de reis e rainhas, duques e duquesas, príncipes e princesas. Isabel viveu na corte da Hungria apenas nos primeiros anos de vida com  uma irmã e três irmãos.

Sua infância foi interrompida quando cavaleiros vieram buscar a menina para levá-la para a Alemanha central.  Seu pai havia determinado que ela viesse a se tornar princesa  da Turingia.  “Segundo os costumes daquele tempo, de fato, seu pai havia estabelecido que Isabel se convertesse em princesa da Turíngia. O landgrave ou conde daquela região era um dos soberanos mais ricos e influentes da Europa no começo do século XIII  e  seu castelo era centro de magnificência e cultura. Mas, por detrás das festas e da glória, escondiam-se as ambições  dos príncipes feudais, geralmente em guerra entre eles e em conflito com as autoridades reais e imperiais.  Neste contexto, o conde Hermann  (Hermano) acolheu com boa vontade o noivado entre seu filho  Ludovico e a princesa húngara”. Vivendo nesse quadro, a menina que vinha da Hungria, mais tarde iria revelar-se uma mulher voltada para a pobreza e miséria.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Que expressão tem a OFS na Igreja e no mundo hoje?

Frei Almir Ribeiro Guimarães

Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vendo vossas boas  obras glorifiquem vosso Pai
que está nos céus  (
Mt  5, 16)

Os franciscanos seculares ajam  sempre  como fermento nos ambientes em que vivem, mediante o testemunho do amor fraterno e de claras motivações cristãs (Const. Gerais OFS, art 19,1)

Santa Angela de Foligno

1. Nós, cristãos,  não queremos “aparecer”  aos olhos dos outros. Não somos dados a  protagonismos, nem andamos à cata de aplausos e de reconhecimento. Fazemos nossa obrigação e saímos de cena. Essa atitude é típica também dos franciscanos. E, no entanto, somos convidados a agir e atuar no mundo,  temos todos a responsabilidade de levar adiante o projeto  de Jesus, projeto que ele nos confiou depois de ter voltado ao Pai. Tudo isso quer dizer  “visibilidade”,  “expressividade”. Não se coloca uma luz debaixo da mesa. O sal precisa salgar. O fermento necessita fermentar. Somos convidados a refletir sobre a expressão que tem a Ordem,  em seus três ramos,  em nossos tempos no coração da Igreja e na sociedade.  A OFS tem o costume de realizar capítulos avaliativos e, talvez,  nesse espaço de partilha e de revisão de vida, se poderia pensar em responder à pergunta-título desta reflexão.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A força na fragilidade

Frei Almir Ribeiro Guimarães


“A força de Cristo te criou, a fraqueza de Cristo te recriou. A força de Cristo fez com que existisse o que não existia; a fraqueza de Cristo fez com que o que existia não viesse a perecer; criou-nos com sua força, nos resgatou com sua fraqueza”  (
Santo Agostinho)

1. Não cessamos, ao longo do caminho de nossa vida cristã, de contemplar as misericórdias que Deus fez e vai derramando em nossa vida, na  vida da Igreja e nos corações das pessoas retas e de boa vontade através do irrestrito amor do  Senhor Jesus.  Sim, dizemos bem,  Senhor.  Hoje o contemplamos sempre como aquele que venceu a morte e está no meio de nós na qualidade de Ressuscitado. Por isso, é o Senhor Jesus. Ele, o vivo, nos fala, nos alimenta, nos encoraja, pede asilo em nosso interior. Mas, nesse empenho de alimentar o enamoramento pelo Esposo,  não podemos deixar de meditar no Cristo histórico, nas circunstâncias que cercaram os últimos momentos de sua vida, na força que existia em sua fragilidade.