sexta-feira, 27 de julho de 2012

Santa Clara e o Ponto de Partida


Clara de Assis viveu intensamente a vocação que lhe foi dado por Deus, primeiramente a vocação a vida, e depois a vocação que desejou ardentemente abraçar, a vocação a vida religiosa. A seu exemplo muitas outras moças inspiradas pelo Senhor aspiravam seguir os passos de Santa Clara. Clara foi para sua época um luzeiro, o qual atraiu para Cristo muita gente de boa vontade.

Na segunda carta que Clara escreve a Inês de Praga ela recomenda que nunca se perca de vista o ponto de partida. Mas o que é este ponto de partida? Ponto de partida é o inicio, o ponto fecundante da vocação que cada qual recebeu do Senhor, o ponto em que a inspiração divina flechou com a flecha do amor o seu coração para dedicar-se a vida inteira no serviço ao Senhor.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Que os irmãos sejam afáveis

 

Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM

Francisco Matriz”E onde estão e onde quer que se encontrem os irmãos, mostrem-se mutuamente familiares entre si” (Regra bulada 6, 8 )
1. Os discípulos de Cristo são irmãos. Cristo veio viver e pregar uma fraternidade revolucionária. Anuncia a derrubada de todas as barreiras da indiferença, da superioridade, da acepção de pessoas, barreiras levantadas pela vontade de vingança, retaliação, ódio. Francisco, o irmão de Assis, compreendeu que os seus deveriam ser irmãos, irmãos simples e pequenos, irmãos menores, irmãos de toda criatura humana. A fraternidade é um mistério. Cristo vem até nós para nos ensinar a amar. Cristo ama em nós.

sábado, 14 de julho de 2012

O viver das Irmãs em São Damião

Por Frei Almir R. Guimarães, OFM

Estamos nos abeirando das comemorações dos oitocentos anos do carisma clariano que serão celebrados de modo particular da cidade de Canindé (CE), nos dias 9 a 11 de agosto de 2012. Fernando Felix Lopes, português, escreveu uma das encantadoras biografias de São Francisco que conheço. Deu-lhe o título de O Poverello. São Francisco de Assis (Ed. Franciscana, Braga, 5ª. ed, 1996). No intuito de nos colocar no espírito das comemorações clarianas transcrevemos umas poucas páginas deste autor que nos falam da vida das irmãs em São Damião e dos últimos dias daquela que se definia como “plantinha” do Seráfico Pai. Os leitores não encontrarão novidade alguma, mas poderão saborear o jeito charmoso português de dizer as coisas mais simples da vida.

O que foi o viver das irmãs ali recolhidas em São Damião, não é fácil de contar. A Regra de vida era o Evangelho, nem Francisco soubera ditar outra.

Com as rezas, o trabalho para o pão de cada dia. E nos casos em que o trabalho não dava, sentavam-se a comer, à “mesa do Senhor”, a caridade da esmola pedida de porta em porta. O ideal poeticamente exemplificado por Francisco nas avezinhas do céu e nos lírios do vale, traduziram-no as freiras em forma comum de viver.

terça-feira, 10 de julho de 2012

A verdadeira história da "Oração de São Francisco" ou "Oração pela Paz"

 

Por Egidio Picucci - Osservatore Romano

As Origens do Texto Atribuído a São Francisco de Assis

É excepcional a difusão da oração simples atribuída a São Francisco de Assis, conhecida em todo o mundo, graças, sobretudo, à sua espontaneidade e à sua referência às expectativas mais humanas. Traduzida em todas as línguas, foi e é recitada no âmbito de numerosíssimos encontros e por eminentes personalidades do mundo eclesiástico, literário e político. Tendo que fazer uma escolha, basta recordar que em 1975 ela foi recitada em Nairobi durante uma reunião do Conselho ecumênico das Igrejas; que em 1986 esteve no centro das orações dos participantes do encontro dos representantes de todas as religiões, organizado por João Paulo II em Assis; que em 1989 em Basileia abriu o Congresso ecumênico europeu.

domingo, 8 de julho de 2012

Oração, fonte de espiritualidade

Por Frei Almir R. Guimarães, OFM

2482_050612Começamos com um pensamento do cardeal Martini, antigo arcebispo de Milão e incentivador de grupos seletos de Leitura Orante da Bíblia em sua diocese: “A oração é, antes de tudo, resposta à Palavra de Deus que, por primeiro me interpela e me atinge em minha fraqueza, mas também no meu silêncio e na minha capacidade de escuta. A oração é deixar-se acolher pelo mistério santo indo pelo Cristo, no Espírito, rumo ao Pai. Mais do que rezar a um Deus estranho e longínquo, o cristão reza em Deus, reza escondido com Cristo na Trindade, fonte e germe de vida. Então, quando rezares, antes de pensar que és tu que amas a Deus, deixa-te amar por ele, docilmente, cegamente, abandonando-te totalmente a ele, tudo lhe confiando, num espírito de louvor e de ação de graças. Comigo, pergunta a ti mesmo: será que eu encontro momentos em que me coloco face a face com Deus, ouvindo-o e abrindo-me a ele? (Carta Pastoral de 1996). Rezar é deixar-se acolher pelo Mistério. Onde? Na vida, de modo especial na ruminação dos salmos, na meditação antes da aurora explodir, nos dias de retiro que sejam efetivamente de retiro, na tentativa de instaurar grupos sólidos de leitura orante da Palavra.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Santa Isabel, Rainha de Portugal - OFS

Por: Maria Fernanda Barroca

Via: Irmão Alberto Guimarães, OFS

Santa Isabel de Portugal não é portuguesa de nascimento, pois nasceu em Aragão (Espanha), mas foi-o pelo casamento com o Rei D. Diniz. Quem visita Coimbra pode ver o seu túmulo em Santa Clara-a-Nova. O povo de Coimbra tem-na como padroeira e tributa-lhe grande devoção. Se numa aflição em Braga se diz: “Valha-nos a Senhora do Sameiro”, em Coimbra diz- se: “Valha-nos Santa Isabel”.

Filha de Pedro II de Aragão e de Constança de Nápoles, recebeu uma educação completa compatível com os princípios do seu tempo e cedo manifestou a sua personalidade piedosa e caritativa.

Antes dos dez anos o pai entabulou negociações com o Rei de Portugal para se fazer o casamento da pequena infanta, como era uso na época.