sexta-feira, 27 de julho de 2012

Santa Clara e o Ponto de Partida


Clara de Assis viveu intensamente a vocação que lhe foi dado por Deus, primeiramente a vocação a vida, e depois a vocação que desejou ardentemente abraçar, a vocação a vida religiosa. A seu exemplo muitas outras moças inspiradas pelo Senhor aspiravam seguir os passos de Santa Clara. Clara foi para sua época um luzeiro, o qual atraiu para Cristo muita gente de boa vontade.

Na segunda carta que Clara escreve a Inês de Praga ela recomenda que nunca se perca de vista o ponto de partida. Mas o que é este ponto de partida? Ponto de partida é o inicio, o ponto fecundante da vocação que cada qual recebeu do Senhor, o ponto em que a inspiração divina flechou com a flecha do amor o seu coração para dedicar-se a vida inteira no serviço ao Senhor.

Seguir Jesus Cristo no modo da vida religiosa, como o fez Santa Clara, é reservado para poucos, porque exige um esforço imenso, esforço este que deve conduzir o ser humano a abraçar a vida fraterna. E, por isso, Clara de Assis é para nós um modelo de fidelidade. Clara durante toda a sua vida foi fiel a proposta evangélica e por esta proposta lutou a vida toda.

Clara de Assis lutou proficuamente para viver o evangelho radicalmente, e por isso foi preciso travar uma luta consigo mesma, com suas irmãs e para com as autoridades eclesiásticas, as quais desejavam que ela vivesse a regra que eles propunham. Clara foi forte e fiel ao Evangelho, foi radical em sua escolha por viver a pobreza radical.

Clara ensina-nos que seguir o santo evangelho significa nunca perder o ponto de partida. Para todo cristão o ponto de partida é o batismo, para aqueles que seguem a vida religiosa o ponto de partida é o doce toque do chamamento. Este chamamento para muitos pode ter sido um hábito, um sinal, uma cruz, um sonho, ou qualquer outra coisa que possamos imaginar. O toque originário, aquele que nos motivou a querer saber mais sobre a vocação é justamente este toque que é o ponto de partida.

O ponto de partida para um casal, pode ter sido um sorriso, um aperto de mão, um olhar, ou até mesmo um beijo. E, é este ponto de partida que move toda a vida que segue, é este ponto de partida que nos recorda como tudo começou. Para um casal o ponto de partida deve motivar a fidelidade. Para o religioso o ponto de partida deve provocar fidelidade.

Sendo assim, nunca perca de vista o ponto de partida.

Fonte: Reflexões Franciscanas

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