sábado, 21 de setembro de 2013

NUMA ALMA FRANCISCANA, A PRIMAVERA NÃO PODE PASSAR DESPERCEBIDA

 

primavera

Por Frei Vitório Mazzuco Fº

Dizem as Fontes a respeito de São Francisco de Assis: “Que alegria ele sentia diante das flores, vendo sua beleza e sentindo seu  perfume! Passava imediatamente a pensar na beleza daquela flor que brotou da raiz de Jessé no tempo esplendoroso da primavera e com seu perfume ressuscitou milhares de mortos. Quando encontrava muitas flores juntas, pregava para elas e as convidava a louvar o Senhor como se fossem racionais. Da mesma maneira,  convidava com muita simplicidade os trigais e as vinhas, as pedras, os bosques e tudo que há de bonito nos campos, as nascentes e tudo o que há de verde nos jardins, a terra e o fogo, o ar e o vento, para que tivessem muito amor e fossem generosamente prestativos. Afinal, chamava todas as criaturas de irmãs, e de uma maneira especial, por ninguém  experimentada, descobria os segredos do coração das criaturas porque na verdade parecia já estar gozando a liberdade gloriosa dos filhos de Deus” (1 Cel 29, 80.81).

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Os estigmas de Francisco de Assis e o segredo da suprema felicidade

Por Dom Laurence Freeman, OSB*

Celebra-se hoje a festa do inaudito prodígio e dom concedido por Deus a São Francisco no Monte Alverne. Os Estigmas são o selo divino àquele empenho de imitação de Cristo que ele buscava com todas suas forças desde o dia de sua conversão. Deus o apresenta ao mundo como exemplo de vida cristã, como convite a seguir o Evangelho. Francisco tinha Cristo no coração, nos membros e nos lábios, e Cristo o imprimiu o último selo também em seus membros.

Carducho

Era madrugada do dia 14 de setembro de 1224, festa da Exaltação da Cruz. Naquela noite, seu fiel amigo e companheiro, Frei Leão, desobedeceu às instruções de Francisco e penetrou na solidão de sua reclusão para ver como ele estava. À luz do luar, Frei Leão viu Francisco de joelhos em oração, repetindo com todo o fervor as perguntas que se encontram no centro de toda oração cristã: “Quem és tu, meu doce Deus… Quem sou eu, teu servo inútil?” “E somente estas palavras repetiu e nada mais disse” – conta-nos São Boaventura, seu biógrafo. Frei Leão viu o fogo que descia sobre a cabeça de Francisco, envolvendo-o por muito tempo.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

16 de setembro–Aniversário da Fraternidade


87 Anos!
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 87 anos de alegrias, de tristezas, de lutas, mas principalmente de muitas bênçãos.
Isso mesmo, somos uma fraternidade principalmente abençoada!
Abençoada por nosso Deus que nos ama e nos protege, e que vem cuidando  de nós por todos esses anos.
Houve o tempo que não tínhamos nem onde nos reunirmos, mas a perseverança de nossos irmãos nos trouxe até aqui.
PARABÉNS FRATERNIDADES SÃO FRANCISCO DE ASSIS.
Que Deus continue nos abençoando.
Que São Francisco e Santa Clara continue intercedendo por nós.
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terça-feira, 10 de setembro de 2013

No tempo que passa, abandonamos-nos à Palavra


Frei Almir Ribeiro Guimarães


Felizes os que escutam a Palavra de Deus e a põem em prática  (Lc 11, 28).

O simples e idiota Francisco, como ele próprio costumava se apresentar (cf. Ord  39), sem maior instrução, isto é, sem uma formação própria do clérigo ou do letrado de então, tinha tal conhecimento da Palavra  que “penetrava nas realidades  escondidas dos mistérios e o que era inacessível  à ciência dos mestres, abria-se seu afeto cheio de amor” (2Cel 102). Sem ser mestre na arte de falar, ele resolvia  questões difíceis e, como Jó (cf. Jó 28,11), iluminava os pontos obscuros, chegando revelar aquilo que o texto escriturístico escondia aos estudiosos  (José Rodriguez Carballo, OFM, Guiados pela  Palavra, mendicantes de sentido, n. 15).
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1. Em muitos momentos andamos preocupados com nossa caminhada de cristãos ou de religiosos. Temos receio de marcar passo. Não queremos nos deixar anestesiar pela rotina. Desejamos progredir na intimidade do Senhor e num amor de verdade pelos outros. Georges Bernanos, escritor francês, escreve: “A maioria dentre nós engaja na vida apenas uma pequena parte, ridiculamente pequena de sua existência. As pessoas vivem na superfície de si mesmas. O solo humano é tão rico que alguns se dão por satisfeitos com essa mínima parte. O santo não vive do lucro sobre o lucro,  mas engaja toda a sua vida”.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

“O lado divino do Senhor”


Frei Almir Ribeiro Guimarães

Sobre esta árvore o Senhor, como um valente guerreiro, ferido diante combate em suas mãos, nos pés e em seu lado divino, curou as chagas de nossos pecados, isto é, curou a nossa natureza ferida pela serpente venenosa (Teodoro Estudita, Liturgia das Horas  II, p. 610)
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1. O valente guerreiro caminhou a passos decididos rumo a Jerusalém onde haveriam de se dar os acontecimentos últimos de sua trajetória. Abandonado por todos, aparentemente até mesmo pelo próprio Pai,  Jesus experimenta o frio da solidão.  Houve feridas em seu interior:  a incompreensão dos religiosos de seu povo, a indiferença de tantos, a negação dos próximos mais próximos. Houve a cruz e as feridas de seus membros:  mãos, pés e a ferida do seu lado divino. Os místicos sempre ficaram fascinados com essa ferida do lado divino.