quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A toda Bela Maria!

Por Frei Almir R. Guimarães, OFM

Esta comemoração de Nossa Senhora deseja ressaltar a doação que a Virgem Maria faz de si mesma desde o começo de sua trajetória.

Maria… Mãe do Senhor e nossa mãe! Não nos cansamos de entregar nossa vida a esta que é hoje a Senhora da Glória.

Deus belo e grande não podia guardar para si a fogueira de amor que é sua essência. O amor tende e busca a se difundir. Desde toda a eternidade o Senhor quis comungar a plenitude de sua vida com os homens e mulheres que saiam de suas mãos criadoras. Quis desde toda a eternidade que seu Verbo se fizesse carne, braços, pernas, rosto, coração. Num dado momento, na plenitude dos tempos, ele haveria de assumir a condição humana para estabelecer uma comunhão esplendorosa do Deus belo com os homens e mulheres que saíram de suas mãos. Viria ele como o primeiro de todos, como a plenitude da criação e, ao mesmo tempo, como redentor do pecado dos homens.

Para que ele pudesse chegar até perto de nos e assumir nossa condição humana e nascer como homem precisava de uma mãe, de uma mulher, de um seio materno. O primeiro no pensamento de Deus, desde toda a eternidade, foi à natureza humana do Verbo, e em segundo lugar, na intenção divina, apareceu Maria.

Ela, em vista de sua missão esplendorosa de ser a Mãe do Verbo feito carne haveria de ser toda ordem, toda beleza, plenitude de graça. Teria que ser imaculada desde o seu nascimento…

E esta mulher se coloca despojada diante de Deus. Concorda. Dá seu assentimento ao enviado divino. Não regateia… Está de acordo. Que nela se faça segundo o desígnio de Deus… Seu sim ressoa através dos tempos… Como também se realizem em todos os que se entregam Deus com seu sim às maravilhas que Deus quer fazer em nós. Vai correndo Maria ver e visitar Isabel para dizer que sua alma explode de alegria… A criança de uma salta de alegria com a chegada da outra. Sim, que se faça a vontade do Altíssimo… Esse Deus que derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes.

E o Menino nasce… E os pastores chegam., os humildes da face da terra, O menino cresce em idade e sabedoria diante de seus olhos de Mãe. Ele estará sempre vinculada, unida ao mistério da encarnação e da redenção. Participa estreitamente do grande e esplendoroso projeto de Deus. À surpresa do convite e à coragem do assentimento se sucede uma vida de fé e de perseverança na fé. Tudo culmina com os densos e escuros momentos da morte do Filho, do Primogênito de todas as criaturas, do primeiro na intenção de Deus. Confusa e serena ela morre interiormente ao pé da cruz, vivendo intensamente o gesto de louco amor do Filho do Pai e do menino que nasceu de seu seio imaculado e transparente.

 

Fonte: Reflexões Franciscanas

pazebem

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