terça-feira, 2 de agosto de 2011

PORCIÚNCULA DE FRANCISCO E DE TODOS NÓS!

No calendário litúrgico franciscano, o dia 2 de agosto é dedicado à celebração da Festa de Nossa Senhora dos Anjos, popularmente conhecida como "Porciúncula", Lugar frontal para a nossa mística. Santa Maria dos Anjos: berço da fraternidade! Aqui começou a vida e o amor mútuo. Um santuário mariano-franciscano, lugar santo, dos mais freqüentado em todo o mundo. É um espaço para rezar, refletir, purificar, encher-se de graça e iniciar novamente o caminho.
Se Assis é a “capital do espírito”, Porciúncula é um lugar necessário a toda humana criatura de nosso tempo: uma etapa, uma luz sobre o caminho. Ali emana um único fascínio: a mensagem pulsante do Evangelho, alegria, serenidade, simplicidade, fidelidade, pobreza...


Foi edificada no século X, no ano de 1045. Pertencia aos monges beneditinos do monte Subásio que ali alimentavam uma “pequena porção” de santuário. O que é o santuário? É um lugar sagrado onde a presença de Deus se manifesta. O mistério presente da divindade é que determina o lugar do culto.
Ali os acontecimentos passados são vivos e presentes: ali viveu Francisco, ali passou Clara, ali morreu o Poverello. Francisco e Clara continuam a ser mais vivos que nunca e a sua escolha de Amor é que marca definitivamente o lugar. Ali a Fraternidade se faz encontro, cresce,contagia e se comunica.
Em 1210 Francisco pede ao bispo de Assis e depois aos Cônegos de São Rufino alguma igrejinha para cuidar. A resposta é negativa. Vai então ao abade do mosteiro de São Bento, Dom Teobaldo. Este, com o consenso da comunidade monacal, concede a Francisco e a seus primeiros companheiros a Porciúncula para o simples uso e moradia. Só pede uma condição: se a religião constituída por Francisco crescer, a Porciúncula seja a Casa-Mãe.
Dom recebido, dom dividido. A casa fundada sobre o sólido alicerce da Pobreza ganha um sinal: por graça e gratidão ao bem feito pelos beneditinos, há o gesto da retribuição: cada ano os frades mandavam aos monges um cesto cheio de peixes. Os monges agradeciam com um vaso cheio de óleo. LTC 56; LP 8. (Frei Vitório Mazzuco)
Com esta reflexão de Frei Vitório, na Festa de Nossa Senhora dos Anjos da Porciúncula, desejo que tenhamos pelas nossas Fraternidades a mesma paixão que Francisco tinha pela sua Porciúncula e peço à Rainha e Senhora dos Anjos abundantes graças e proteção para cada um dos irmãos e irmãs.
Fraternalmente,

Denize Aparecida Marum Gusmão
(Ministra Região Sudeste III – SP)

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