domingo, 23 de maio de 2010

SOLENIDADE DE PENTECOSTES


 pentecostes7 Atos 2,1-11 e João 20,19-23

A Igreja celebra, com grande júbilo, o aniversário do seu nascimento sob a ação do Espírito Santo. Celebra sua manifestação ao mundo, expressa seu testemunho, expõe sua riqueza mais íntima, qual seja, sua felicidade, graças à Salvação proporcionada ao mundo por Jesus Cristo.

Cristo prometera, em várias ocasiões, a efusão do Espírito Santo, promessa que “realizou na tarde daquele dia, no dia da Ressurreição” (cf. v. 19-22), e, de modo mais solene e marcante, no dia de Pentecostes, pois a plenitude do Espírito Santo, que estava em Jesus, deveria ser comunicada também a todo o povo messiânico (cf. Joel 3,1-2). Pentecostes é o coroamento, a plenitude da Páscoa.


Depois da Ascensão de Jesus ao Céu, “estavam os Apóstolos reunidos no Cenáculo em oração. Veio do Céu um ruído semelhante ao soprar de impetuoso vendaval, e encheu toda a casa onde se achavam. E apareceram umas como que línguas de fogo, que se distribuíram e foram pousar sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os impelia a se exprimirem” (cf. At 2,1-4).

Pentecostes contém um mistério que vai além de qualquer experiência humana. Para expressar o acontecimento, em si inexplicável, temos os sinais do fogo e do vento (At 2,2-3). Fogo e vento simbolizam o divino, revelam a presença de Deus: o fogo que abrasa e purifica e o vento que sopra quando e onde quer.

“Ao se produzir o ruído do céu, a multidão de inúmeros povos, lá presente, se reuniu e estava confusa, pois cada qual os ouvia falar em sua própria língua” (At 2,6). Pedro, impelido pelo Espírito Santo, erguendo a voz, assim lhes falou: “Homens da Galiléia e habitantes todos de Jerusalém, esse Jesus que vós crucificastes, foi Deus quem dele deu testemunho e, por meio dele, operou milagres; Deus o ressuscitou e o exaltou: Deus o fez Senhor e Messias” (cf. At 2,22-36).

E como acolheram os ouvintes essa revelação? Três mil foram tocados pelo Espírito, logo de início, pedindo o Batismo. Depois, mais cinco mil. Muitos ficaram simplesmente atônitos, outros escarneciam. Faltou disposição ao coração? Talvez... E’ a ação misteriosa da graça. Pois existe, também, a culpa e a cumplicidade do homem.

Muitas vezes, a pessoa não quer deixar-se esclarecer pela luz: “A luz brilha nas trevas, mas as trevas não a compreendem” (Jo 1,5).

“A Igreja foi manifestada publicamente ante a multidão; e, pela pregação, iniciou-se a difusão do Evangelho entre as nações” (Ad Gentes 4).
Frei Floriano Surian, ofm
Fonte:
http://www.riototal.com.br/boanova/

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