domingo, 25 de abril de 2010

“O testemunho suscita vocações”.

07_220410

Por Frei Clovis Pasinato

Neste quarto domingo da Páscoa, somos convidados a refletir sobre aquele que conduz ao bom caminho. Jesus Cristo, o Bom Pastor. Na leitura dos Atos dos Apóstolos (13,14.43-52), observamos duas atitudes diferentes: as ovelhas atentas ao comando do pastor e as desatentas, cheias de si e auto-suficientes. Corremos o risco de sermos ovelhas distraídas, aquelas que buscam seu próprio caminho, descuidadas à voz do Pastor.

Ao longo da nossa vida, nos deparamos com a dificuldade de estarmos de ouvidos atentos. Se olharmos para nós, quantas vezes deixamos de fazer algo que nos aproxima de Deus para fazer coisas banais! Temos que ficar cautelosos, para não desviar do caminho proposto por Cristo. Queremos ser essas ovelhas atentas, nos confiando totalmente nas mãos do Pastor, na certeza de um dia alcançarmos a vida plena, a felicidade sem fim.
Seguir o “Bom Pastor” (o Cristo) significa fazer parte do seu rebanho, comprometer-se com Ele, enfim, entregar-se totalmente, numa vida de amor e doação ao Pai e aos homens.
Neste domingo do “Bom Pastor”, queremos estar em comunhão com a Igreja do mundo inteiro, rezando por todas as vocações. O tema proposto pelo Papa Bento XVI é: “O testemunho suscita vocações”.
O primeiro testemunho a suscitar vocações é a oração; como o Apostolo André fala para seu irmão que conheceu o Mestre, nós também temos o dever de conhecê-Lo pessoalmente, aprender a amá-Lo, e permanecer com Ele, para sermos testemunhas fiéis da Boa Nova de Cristo.
O segundo aspecto é a doação total de cada um, a Deus e aos irmãos; “Nisto conhecemos o amor: Jesus deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos” (1 Jo 3,16). Como Cristo, cada um é chamado a testemunhar a sua doação total a Deus, para depois se doar com maior jovialidade aos irmãos. Muitas historias de vocações, estão diretamente ligadas ao testemunho de vida dos religiosos (as) e sacerdotes, que vivem com alegria a sua entrega a Deus.
Um terceiro aspecto é de o sacerdote e as pessoas consagradas viverem a comunhão; quando os jovens vêem sacerdotes e religiosos isolados e tristes, não sentem vontade de entrar na vida religiosa. É importante mostrar a beleza, a alegria, de ser um religioso ou um sacerdote. Deste modo, o jovem pode ver um futuro possível para ele.
Para finalizar, quero lembrar o que nos disse o Papa João Paulo II no documento Pastores dabo vobis. “A própria vida dos padres, a sua dedicação incondicional ao rebanho de Deus, o seu testemunho de amoroso serviço ao Senhor e à sua Igreja – testemunho assinalado pela opção da cruz acolhida na esperança e na alegria pascal –, a sua concórdia fraterna e o seu zelo pela evangelização do mundo são o primeiro e mais persuasivo fator de fecundidade vocacional”.
Peçamos ao “Bom Pastor” e a Virgem Maria, Mãe da Igreja, que faça crescer no coração dos jovens a menor semente de vocação.

Extraido de: http://maffeiofm.blogspot.com
em 24/04/10

Nenhum comentário:

Postar um comentário