segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Teresinha: o caminho das coisas modestas

Por Frei Almir R. Guimarães, OFM

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Teresinha do Menino Jesus é uma santas mais veneradas em toda a face da terra. Teresa aparece no diminutivo. Talvez em contraposição com Teresa d’Ávila, conhecida como a “grande Teresa”.
Teresinha viveu apenas 24 anos. Um vida curta. Nasce numa família profundamente cristã. Cresce junto com irmãs que como ela buscam a Deus. A alma daquela família eram o pai e mãe que a Igreja também considera dignos das honras dos altares.

Sim, Teresinha nasce no seio de uma família que busca a Deus. Nunca é demais, sobretudo nesses tempos que são os nossos, falar da importância fundamental de uma verdadeira família cristã que possa acompanhar os primeiros tempos da vida de uma pessoa. 

Apesar de todas as dificuldades hodiernas no tocante à transmissão dos valores humanos e da proposição da fé cristã às novas gerações estamos todos convencidos de esta tarefa é enormemente facilitada quando as crianças nascem no seio de uma família onde se respira a fé cristã. Dizemos bem: fé cristã. Não basta apenas um verniz de fé. Não é suficiente que os filhos de uma família façam a primeira comunhão, participem esporádica ou regularmente da missa. Será fundamental que o perfume do Evangelho seja respirado nos espaços da casa e todos se sintam, de fato, discípulos do evangelho, sem pieguice, mas a partir de sólidas convicções. Teresinha teve um lar cristão.

Nesses lares cristãos os filhos podem fazer o discernimento de sua vocação. Há essa vocação de ser homem e mulher de pé. Não se trata de rolar pelo espaço e pelo tempo. Quando os filhos sentem que seus pais são pessoas de valor, honestas, respeitadas e respeitadoras eles também procuram realizar sua vocação humana: crescer, desenvolver-se, dar sua parte de colaboração para que o mundo seja melhor. Lá, no seio de uma família, os filhos podem responder ao chamamento de Cristo. Não querem apenas ser católicos de nome, mas discípulos carinhosos e atenciosos. No seio da família os filhos discernem, dentro da vocação cristã, se devem seguir o caminho do matrimônio, da vida religiosa consagrada ou do sacerdócio ministerial. Não há outro espaço mais próprio para o discernimento vocacional do que uma família profundamente humana e cristã. Insisto: não se trata de uma família exteriormente cristã, mas sempre buscadora do seguimento do Cristo. Teresinha, no seio de sua família, escolheu seguir o Senhor, muito nova, na via contemplativa carmelitana.

E lá viveu as coisas com toda simplicidade. Nada de superestruturas de ascese. Simplesmente o amor. Definiu seu caminho pelo conselho de Jesus: ser uma criança diante de Deus. O evangelho proclamado hoje relata o episódio em que os discípulos discutiam para saber qual deles seria o maior. Jesus sabia do que estavam falando. “ Pegou então uma criança colocou-a junto de si e disse-lhes: Quem receber esta criança em meu nome estará recebendo a mim (…) Pois aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior”.

Teresinha rezava pelas missões, queria buscar almas para Deus, desejava mesmo dentro da clausura oferecer preces e sacrifícios pelos missionários. Nos últimos anos de vida sofria com hemoptises e toda sorte de enfermidades Assim, tendo seguido o caminho da vida contemplativa, unida à Igreja, esta propagandista da infância espiritual, se tornou a padroeira das missões

Fonte: http://www.reflexoesfranciscanas.com.br/

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