terça-feira, 22 de maio de 2012

VOCAÇÃO: LUZ SOBRE O CANDEEIRO

Não importa o estado de vida do vocacionado...O desejo de brilhar em Cristo concretiza-se no esforço de desenvolver habilidades, competencias e disciplina para a missao na alegria e na liberdade...

 

VINDE E VEDE!!!

Frei Tarcisio, FNPD

E ninguém, acendendo uma lâmpada, a cobre com algum vaso, ou a põe debaixo da cama; mas põe-no candeeiro, para que os que entram vejam a luz. São Lucas 8,16

No caminhada de cada vocacionado deve arder uma chama, que se identifica com a luz de Cristo. O Chamado no coração de cada vocacionado e vocacionada é uma chama que arde sem cessar, é uma voz que ecoa a cada instante incessantemente, que nos impulsiona à vida em abundância ( cf S. Jo 10, 10).

Ao chamar-nos, Deus acende em nós essa chama e faz de nós lâmpadas, Ele coloca-nos sobre candeeiros, isso é, envia-nos em missão para que o auxiliemos a instalar já aqui em nosso mundo o Reino de Deus, através da vivência do amor, da verdade e da justiça. Assim nos ensina o Catecismo da Igreja Católica: …

Deus concede assim aos homens serem causas inteligentes e livres para completar a obra da Criação,

aperfeiçoar sua harmonia para o bem deles e de seus próximos. Cooperadores muitas vezes inconscientes da vontade divina, os homens podem entrar deliberadamente no plano divino, por suas ações, por suas orações, mas também por seus sofrimentos. Tornam-se então plenamente "cooperadores de Deus" (1Cor 3,9) e do seu Reino. Por essa razão deve bater no coração de cada vocacionado o desejo de brilhar em Cristo, isto é, de assumir a vocação e tornar sua fé viva através de obras ( cf. Tg 2, 20).

Não importa o estado de vida do vocacionado, se laical ou religiosa, o desejo de brilhar em Cristo concretiza-se no esforço de desenvolver habilidades, competência e disciplina e eficiência para desenvolver sua missão na alegria e na liberdade.

Agir de modo indisciplinado, sem competência ou habilidade, seria o mesmo que acender uma lâmpada e colocá-la debaixo da cama. Deus concede-nos dons, ou talentos, para que, multiplicando-os, possamos colocá-los a disposição dos irmãos, manifestando – desse modo -, o amor de Deus e o amor ao próximo. Diz-nos o Catecismo da Igreja Católica: cada homem é constituído "herdeiro", recebe "talentos" que enriquecem sua identidade e com os quais deve produzir frutos  (Cf. Jo 15,16).

Fazer o melhor, ser melhor — para maior honra e glória de Deus —, deve resumir o esforço dos filhos de Deus que se sentem chamados a um ministério na Igreja, a vida religiosa, ou matrimônio, etc. Mesmo na vivência cotidiana na sociedade o esforço de fazer o melhor deve sinalizar a presença do Cristão e, acima de tudo, sinalizar a presença de Cristo..

No livro do apocalipse encontramos a seguinte citação: Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. ( 3:16). Esse texto reforça o estado de vida, e o esforço constante de agir com competência, habilidade, disciplina e eficiência seja qual for o estado de vida do Cristão. É incompatível aos vocacionados de Deus uma presença morna, uma ação triste ou uma ação sem o esforço para o melhor. O desenvolvimento das habilidades, competência, disciplina e eficiência deve ser a marca insistente… Deus faz a parte d´Ele e cada um de nós deve fazer a sua, nas ações mais simples ou nas ações mais complexas, pois para Deus toda ação amorosa tem o mesmo valor lembremos ainda que: nenhuma virtude é aceitável diante de Deus sem humildade.

Fonte: Franciscanos na Providência de Deus

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