terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Francisco de Assis

392588_360167890675272_352978081394253_1476927_401771402_nFrancisco não era um teórico da vida espiritual. Falava de Deus em termos de experiência. “Falava somente daquilo que conhecia, ouvia e sentia. Nesse particular, nós o vemos, ao longo dos séculos, como exemplo do que Deus é capaz de fazer, isto é, principalmente maravilhar-nos, alterar radicalmente a maneira pela qual vivemos e agimos. Nos trechos dramáticos de sua própria vida, e na forma pela qual um playboy simpático mas um tanto vazio se transformou em modelo servidor do mundo, ele revelou a presença de Deus no tempo e na história. Em outras palavras, sua credibilidade é grande por haver demonstrado que nosso melhor momento acontece quando ousamos permitir que Deus penetre nossas vidas. Os extremos da vida de Francisco, durante os quais ele passou de playboy a penitente, e de pobre a santo, revelam um indivíduo que se colocou à margem do mundo. Em sua identificação com aqueles que a sociedade polida rejeita, Francisco questionou a insensatez de confiar no dinheiro, nos bens e coisas materiais em busca da felicidade. Sua figura atrai praticamente a todos, provavelmente porque (ao contrário da maioria dos santos) ele não é propriedade da Igreja Católica Romana. Sua primeira grande biografia moderna foi escrita por um protestante francês; um dos mais importantes historiadores do franciscanismo foi um bispo anglicano; um ortodoxo grego é o autor de um vigoroso romance sobre sua vida; e para ser fotografado em uma conferência de paz em Assis, o Dalai Lama quis sentar-se no lugar que Francisco mais amava e no qual morreu” (Spoto, p. 21-22).
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