Por Frei Almir R. Guimarães, OFM
Leigos e religiosos que têm o hábito da recitação do Ofício Divino das Vésperas sabem de cor o Magnificat da Virgem Maria. Depois de ter estado com sua parenta Isabel, Maria prorrompe num belíssimo cântico de ação de graças feito todo ele com espírito dos salmos da Escritura e proferido por alguém que era do número dos pobres fiéis do resto de Israel. Belíssima essa postura de gratidão de Maria que muitos buscadores de Deus, cristãos ou não, fazem à sua maneira e segunda suas tradições religiosas.
Na primeira leitura da liturgia de hoje temos um encontro com Ana, a mãe feliz de Samuel. Ela tem também um hino de gratidão dançando nos lábios. Depois que o menino desmamou, ela o levou ao templo e singelamente disse a Eli: “Ouve, meu Senhor, por tua vida. Eu sou a mulher que esteve aqui orando ao Senhor na tua presença. Eis o Menino por quem eu pedi, e o Senhor ouviu minha súplica. Portanto, eu também o ofereço ao Senhor, a fim de que só a ele sirva em todos os dias de sua vida”. Diz o escritor sagrado que Ana e seu marido adoraram o Senhor.
Maria se sente olhada pelo Senhor, ela a serva agraciada com a benevolência de seu Senhor. Esse Senhor é santo, sua misericórdia não é um de momento mas vai de geração em geração, recaindo sobre os que têm um coração de pobre. Esse Deus que tem o hábito de destronar os poderosos e elevar os humildes. Como é bom no fim da tarde rezar o Oficio das Vésperas, enquanto vamos nos lembrando das maravilhas que o Senhor operou entre os seus.
Somos cantores da bondade de Deus. Desde a nossa infância ele nos chamou. Mesmo quando estivemos longe de seus carinhos por culpa própria ele andou nos cercando de atenções e nos cobrindo com sua misericordiosa benevolência. Há casais santos e que foram santificados pelo Senhor. Há idosos alegres e felizes porque sabem que os Senhor os aguarda nos portais da eternidade.
Estamos às vésperas do Natal. Que outra disposição poderíamos nutrir em nosso interior senão essa: o Senhor continua fazendo maravilhas entre nós e santo é o seu nome. Nada a fazer senão repetir o gesto de Ana: prostrados adoraremos o Senhor!
Fonte: Reflexões Franciscanas
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