sábado, 23 de abril de 2011

A história da Via-sacra

viaSacraA Via-sacra é o caminho que se estende entre a Fortaleza Antonia e o Gólgota, ao longo do qual Jesus carregou a cruz. O exercício religioso, muito usual no tempo da Quaresma, teve origem na época das Cruzadas, por volta dos séculos XI e XIII. Os fiéis que percorriam os lugares sagrados da Paixão de Cristo na Terra Santa, quiseram reproduzir no Ocidente a peregrinação feita ao longo da Via Dolorosa em Jerusalém.
O número de estações ou etapas dessa caminhada foi sendo definido paulatinamente, chegando à forma atual, de quatorze estações, no século XVI.
O Papa João Paulo II introduziu, em Roma, a mudança de certas cenas desse percurso não relatadas nos Evangelhos por outros quadros narrados pelos evangelistas. A nova configuração ainda não se tornou geral. O exercício da Via-sacra tem sido muito recomendado  e praticado pelos Sumos Pontífices, pois ocasiona frutuosa meditação da Paixão do Senhor Jesus.

Por Via-sacra entende-se um exercício de piedade segundo o qual os fiéis percorrem mentalmente com Cristo o caminho que O levou do Pretório de Pilatos até o monte Calvário; compreende quatorze estações ou etapas, cada qual apresenta uma cena da Paixão a ser meditada pelo discípulo de Cristo.
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Já no séc. IV, os romeiros visitavam a Terra Santa, de maneira informal, os santos lugares onde aconteceram a Paixão e Morte de Jesus. Este costume transformou-se no exercício da via-sacra praticado hoje, especialmente na Quaresma.
Esta tradição foi retomada no séc. XII pelos franciscanos em Jerusalém, onde na Via Dolorosa colocaram algumas capelinhas e marcas de pedra. Estas já seguiam a ordem cronológica e a via-sacra começou a encontrar sua forma atual, justamente no tempo da crescente devoção para com os sofrimentos de Jesus. Para quem não podia ir até a Terra Santa, os mesmos franciscanos divulgaram as estações da Via Crucis substituida por quadros pintados.
A Via-Sacra tem sua origem fundada dentro da espiritualidade franciscana. Francisco tinha especial devoção pela encarnação de Cristo; o assumir, por parte de Deus, a nossa humanidade. E, nesse mistério kenótico do Filho de Deus se contempla a encarnação, natal, e paixão; e, englobando todos, como centro e ápice, a Eucaristia.
Narra-se em Tomás de Celano: “Desde então, grava-se na sua santa alma a compaixão do Crucificado..., e no coração dele são impressos mais profundamente os estigmas da venerável paixão, embora ainda não na carne”. (2Cel 10,8). Em outra narrativa da Legenda dos Três Companheiros Francisco também demonstra essa particular devoção: “Uma vez, caminhava solitário perto de Santa Maria da Porciúncula, chorando e lamentando em alta voz. Um homem espiritual, ouvindo-o, julgava que ele sofresse de alguma enfermidade ou dor e, movido de compaixão para com ele, interrogou-o por que chorava. E ele disse: ‘Choro a paixão de meu Senhor, pelo qual eu não devia envergonhar-me de ir chorando em alta voz por todo o mundo’. O outro também começou a chorar com ele em alta voz”.   
A partir da espiritualidade os franciscanos viram na via-sacra como que uma externação do que buscavam; ou, a quem buscavam se assemelhar.
Assista a um vídeo especial, produzido pela equipe da Canção Nova na Terra Santa, sobre a história da Via Dolorosa:



Fonte: http://blog.cancaonova.com/pelomundo/2011/04/a-   historia-da-via-sacra/
               http://conventuaisrj.blogspot.com/2011/04/via-sacra.html

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