A espiritualidade franciscana tem a sua essência no mistério da encarnação de Deus. E São Francisco como aquele que inicia o primeiro presépio vivo na história. O mesmo acontece com a Via Cruz, porem aqui é um novo personagem que nos apresenta esta prática espiritual. Busco apresentar um frade que na história da Igreja e da família franciscana contribuiu muito.
São Leonardo de Porto Maurício nasce em 1676. Completo os estudos junto ao Colégio Romano, aos vinte anos entra na Ordem dos Frades Menores. Ordenado sacerdote, si dedicou com zelo apostólico a pregação, percorrendo grande parte da Itália.
Especial importância assume sua missão com o povo, a quaresma e os exercícios espirituais. Foi o iniciador de um estilo próprio e o propagador da pia prática da Via Cruzes. Escreveu varias obras de pregação e de vida espiritual, das quais transparece a linha espiritual franciscana. Morreu a Roma em 26 de novembro de 1751 e foi canonizado por Pio IX.
Veremos um dos textos deste grande homem, São Leonardo, sobre a exortação a Via Cruz:
É devastado todo o país e nenhum se dá por pensar. A causa de todo o mal para nós é buscada no fato de que nenhum pensa na realidade que devemos constituir um objeto de contínua meditação não tem o que se maravilhar se se consegue uma completa desordem moral. São colocados no esquecimento antes de tudo a verdade escatológica; não se pensa pois os benefícios de Deus, nem aquela dolorosa Paixão que andou ao encontro por nós Jesus Cristo.
Os empenhos e as obrigações do próprio estado de vida si executam com negligência; e não se escapa com a devida cautela os perigos espirituais onde quer que existam. Sendo o mundo um estado moral assim deplorável, retornam a proposito as palavras de Jeremias: “É devastado todo o pais, e nenhum se de a pensar”. Tem qualquer remédio quando se faz maldades? Com toda humildade, de joelhos, me seja concedido de indicar a todos os prelados, párocos, aos sacerdotes e a todos os outros ministros de Deus que a desejada medicina esta a porta de todos, na maioria dos casos é a pia prática da Via Cruz.
Se pelo zelo e o interesse do Clero tal pratica de piedade será instituída em toda as paroquias e igrejas, essa se tornará uma valiosa defesa contra o alastrar-se dos vícios, e a recuperação de grandíssimos benefícios, pois todos aqueles que meditam assiduamente sobre as dores e o amor de Cristo.
A frequente meditação sobre a Paixão de Cristo dá luz saldável ao intelecto, fervoroso empenho a vontade e sincera concupiscência ao coração. Tenho constatado cotidianamente, e tocado quase com a mão, que o melhoramento dos costumes dos cristãos é condicionado da prática da pia exercitação da Via Cruz.
Tal pia prática em fato é um antidoto para os vícios, um freio às paixões, um incitamento eficaz a uma vida virtuosa e santa. Se temos vivamente presente diante dos olhos e da mente, como esculpida sobre as tabuas, a áspera Paixão de Cristo, não podemos fugir com horror, em virtude da irradiação das assim luzes, misérias, e fraquezas da nossa vida; antes nos sentiremos levados a responder com tanto amor a caridade de Cristo, e a aceitar jubilosamente as inevitáveis adversidades da vida. (Opere complete, vol. II, Venezia 1808, pp. 176-177).
Devo recordar do caso que ele é quem inicia um novo estilo de meditar a Via Cruz talhando quatro cenas da paixão de Cristo na madeira. Havia iniciado com a coroação de espinhos, Jesus carregando a cruz, a morte na cruz, e a ressurreição. Assim temos uma boa visão de como se iniciou esta tradição na Igreja e que hoje é contemplada no período da quaresma. Que possamos entrar no mistério da Paixão de Cristo sentindo o mesmo movimento em nossa própria vida.
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