segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Todos vocês são irmãos

- Introdução e Copilação: Fr. Ricardo Aparecido Rodrigues, OFMCap

O CAVALEIRO DE ASSIS

Jovem rebento de uma família emergente do burgo assisense, João, chamado Francisco sonhava
com a glória e as cruzadas. O historiador Franco Cardini conta como um dia, numa igrejinha
fora da cidade o Crucifixo lhe falou. E a história mudou seu curso.

“Cesco, chamou a voz da mãe. Silêncio e calor ao redor, numa sonolenta e avançada tarde italiana. Mais uma vez um convidativo e jocoso: Cesco”. Bater de asas no pátio sob a parreira e o suave azul da paisagem umbra distante, na direção da planície. Assim, num breve relato editado pela primeira vez em 1919, Aus der Kindheit des Heiligen Franz von Assisi, Herman Hesse imaginava um momento da infância de Francisco. As mãos carinhosas da mãe sobre a fronte, o arranjo de mil flores para oferecer à Virgem Maria e os sonhos de um futuro glorioso, um futuro a ser vivido como cavaleiro, como Rolando e Lancelote.

Todos vocês são irmãosTodos os biógrafos de Francisco, e há mais de um século já foram tantos, se curvaram com mais ou menos atenção sobre a obscuridade dos seus anos de infância e da primeira adolescência: anos silenciosos, tidos no entanto unanimemente como decisivos, durante os quais se forjou aos poucos, dia a dia, um homem que iria ensinar ao mundo um modo diferente de sentir e viver o cristianismo, mais ainda sentir e viver o Cristo. Convertido, no jovem que se despe nu, coram patre, e que expõe “obsequiosamente sua dura intenção” ao papa Inocêncio III, se procu-rou perceber, mais de uma vez, a sombra do garo-to de Assis que ele fora, em busca quase, muito além da escassís-sima documentação, sinais premonitórios de um destino excepcional.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

1º Sexta-feira do Mês - Ternura do Poverello pelo Coração do Senhor

Frei Almir Ribeiro Guimarães

Aprendemos, ao longo de nossa vida, a nos colocar reverentes diante do Cristo Jesus, sol, caminho, verdade, vida, pão de nossas vidas.  Temos plena convicção de que Jesus, o Filho de Deus feito homem na carne de Maria, hoje vive entre nós na qualidade de Ressuscitado.  Cada vez que pensamos em Jesus, recordamo-nos de seu amor que foi até o fim, até o esvaziamento de tudo que nele existia pela fresta do coração, pela cavidade de seu peito aberto. Francisco de Assis demonstrou um imenso amor pelo Cristo que ama até o fim.
Cristo é o Bom Pastor. “Irmãos, todos prestemos atenção ao Bom Pastor que, para salvar suas ovelhas, suportou a Paixão da cruz. As ovelhas no Senhor seguiram-no na tribulação e na perseguição, na vergonha e na fome, na enfermidade e na tentação e em outras coisas mais e a partir disso receberam a glória eterna” (Adm n.VI).  Esse Jesus tão puro e tão belo é o Pastor que dá a vida pelos seus.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Francisco de Assis, como eu o vejo

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Maria Aparecida Crepaldi (*)

1. Um jovem que ainda não tinha despertado para o verdadeiro sentido da vida. Nascido num berço burguês por parte do pai Pietro Bernardone, teve a graça de esmerada educação por parte da mãe, D. Hortolana, de origem francesa. Em sua juventude, tornou-se líder de um grupo de amigos que gostava de aproveitar as festas e toda diversão que lhes oferecia a sociedade de Assis.

2. Deparou-se com uma rebelião dentro dele. Refletia e como sentia grande angústia por não ter claras as respostas, começou a buscar a Deus com toda sinceridade e humildade de coração. Pensando em ser Cavaleiro na Guerra entre Perusa e Assis, ficou um ano preso, voltou derrotado e doente. Tentou novamente ir para a Guerra de Apúlia, mas começou a acontecer-lhe coisas diferentes, e, por outro lado, já não aceitava as atitudes de seu pai. Entre as derrotas e as novidades que vinha descobrindo, Francisco sentia um turbilhão de coisas que era preciso entender bem. Quando começou a dar-se conta da vida que levava, da esperteza de seu pai com os clientes, dos miseráveis que não tinham o que comer, que eram escravos no trabalho e não tinham quem os defendesse e tantas outras coisas.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Trânsito de São Francisco de Assis

Ao cair da tarde de 3 de outubro de 1226, a febre aumentou e as forças reduziram-se como uma chamazinha que sai e não sai do pavio quase seco de óleo. Então Francisco quis ser colocado sobre a terra e pediu que cantassem. E ele também cantou, com os seus, o salmo 141, que fala do desejo de ir para Deus:

“Em voz alta ao Senhor eu imploro,
em voz alta suplico ao Senhor!
Eu derramo na sua presença
o lamento da minha aflição,
diante dele coloco minha dor!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Teresinha: o caminho das coisas modestas

Por Frei Almir R. Guimarães, OFM

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Teresinha do Menino Jesus é uma santas mais veneradas em toda a face da terra. Teresa aparece no diminutivo. Talvez em contraposição com Teresa d’Ávila, conhecida como a “grande Teresa”.
Teresinha viveu apenas 24 anos. Um vida curta. Nasce numa família profundamente cristã. Cresce junto com irmãs que como ela buscam a Deus. A alma daquela família eram o pai e mãe que a Igreja também considera dignos das honras dos altares.

Sim, Teresinha nasce no seio de uma família que busca a Deus. Nunca é demais, sobretudo nesses tempos que são os nossos, falar da importância fundamental de uma verdadeira família cristã que possa acompanhar os primeiros tempos da vida de uma pessoa.